A denúncia é do Diretório Central dos Estudantes (DCE): a reitoria da Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa) está deixando os alunos da instituição sem bolsas e auxílios.

Com a greve dos técnicos da Ufersa, os editais de concessão de bolsas e auxílios não foram publicados. Com isso, os estudantes que precisam desses benefícios denunciam que estão sendo prejudicados. O DCE publicou nota em suas redes sociais mostrando o problema e acusando a reitoria da Ufersa de não ter se planejado.

A Ufersa, por sua vez, divulgou nota de esclarecimento direcionada à comunidade estudantil, na qual diz que conseguiu manter alguns benefícios para os estudantes, mas que não tem como realizar o processo de seleção para o Programa Institucional de Assistência Estudantil (PIAE).

Veja a nota do DCE

“O DCE Romana Barros, em consonância com os Centros Acadêmicos e demais representações estudantis da Universidade Federal Rural do Semi-Árido, vem, por meio desta nota, denunciar a falta de planejamento e transparência da Reitoria no que se refere ao Edital de Auxílios e Bolsas da PROAE.

Em linhas gerais, é válido pontuar que comunidade universitária está vivenciando a Greve dos TAEs desde março e que, apesar dos intensos esforços do movimento grevista nacionalmente, o retorno das atividades não possui prazo, visto que o processo de negociação precisa ser vitorioso e satisfatório para o conjunto da categoria. Localmente, a Reitoria estabeleceu acordos com o sindicato para viabilizar as chamadas funções essenciais.

Bizarramente, um dos maiores instrumentos de assistência e permanência estudantil não foi considerado essencial para o funcionamento da Universidade e, consequentemente, para o retorno do semestre de 2024.1. Nesse momento, o Edital, ainda que pronto, segue suspenso e a Reitoria, desde março, não conseguiu planejar uma política emergencial sequer.

Sabemos que a adesão à greve na PROAE foi exemplar, mas o fato é que é possível assegurar a assistência estudantil por meio de um processo simplificado e que a Reitoria deveria coordenar esses movimentos. Se nem isso é possível, por que estamos voltando? A comunidade universitária admite não se importar com os estudantes? Os docentes estarão ministrando aulas tranquilamente enquanto estudantes não saberão onde vão morar? São as questões que ficam.

Por fim, reforçamos o nosso compromisso com os estudantes e nos colocamos à disposição para pautar a publicação imediata do Edital à exaustão. Em tempos em que lutamos pela ampliação da quantidade e da remuneração dos auxílios e bolsas, pela ampliação e transformação do PNAES em política de Estado, não é razoável abaixar a cabeça ou pedir por paciência. Na verdade, nunca foi razoável.

Queremos a prorrogação dos auxílios e bolsas para os estudantes não formados! Queremos moradia provisória com gratuidade no RU!”

Veja a nota da Ufersa

No dia 11 de março de 2024 foi iniciada a greve dos servidores técnico-administrativos da Ufersa, impactando diversas atividades relacionadas à assistência estudantil. A gestão superior já se pronunciou de forma oficial demonstrando todo “apoio e solidariedade à justa causa pleiteada pela categoria, considerando que o mecanismo da greve se constitui um direito constitucional e uma importante ferramenta de luta do trabalhador para se alcançar melhorias em suas condições de trabalho”.

Mesmo com a paralisação dos técnicos, a equipe da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis e das Coordenadorias de Assuntos Estudantis demonstraram um grande compromisso com os estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica, que dependem dos nossos serviços para a permanência na universidade, e de comum acordo, foi decidido pela manutenção de serviços essenciais, como por exemplo: (1) Funcionamento dos Restaurantes Universitários; (2) Pagamento de Bolsas e Auxílios da Assistência Estudantil; (3) Fiscalização dos Contratos Administrativos; (4) Práticas Desportivas; (5) Serviços de Moradia Estudantil; (6) Plantão Psicológico Emergencial, entre outros.

Infelizmente, outros importantes serviços foram afetados e não poderão ser ofertados até o encerramento do movimento paredista, em especial, o processo de seleção para o PROGRAMA INSTITUCIONAL DE ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL – PIAE, período letivo 2024.1. Para realização do processo seletivo é necessário a participação de toda a força de trabalho da assistência estudantil, para a análise e avaliação dos documentos enviados e para a verificação das informações fornecidas pelos discentes quando da inscrição no Cadastro Único.

Por fim, informamos que logo após o encerramento da greve dos servidores será priorizada a seleção dos beneficiários das moradias estudantis e em seguida, das demais modalidades de bolsas e auxílios.

Atenciosamente,

Júlio César Rodrigues de Sousa

Patricia Silva Rebouças de Araújo

Pró-Reitores de Assuntos Estudantil

 
 
 

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