A gestão Allyson Bezerra (Solidariedade) está, na querela envolvendo o Mossoró Cidade Junina, lutando contra os fatos. Pior: fatos que ela mesma criou. Muitos dos quais agora está difícil apagar do imaginário, coletivo e individual, ou fazer com que a população esqueça.
O Ministério Público quer o cancelamento de dois shows contratados por R$ 1 milhão. Justifica que é preciso priorizar a educação. E prova que o setor não está bem atendido quando todos sabem que há cerca de 100 escolas sem auxiliares para apoio aos professores que tem alunos com deficiência em suas salas de aula.
A gestão justifica que há processo seletivo aberto. Acrescenta que as pessoas é que não estariam se interessando. A falta de interesse, grifo do blog, advém do pouco estímulo financeiro. Uma bolsa de 500 reais, e um auxílio-transporte de 150 é um convite ao desestimulo. À desistência. E muitos desistiram.
A prefeitura dizia que não tem como oferecer mais que isso. Alegava limitação orçamentária. Garantia que os recursos financeiros eram minguados. Agora, após o MP pedir que se priorize a educação, a gestão afirma com todas as letras que o orçamento do setor é milionário. Que não falta nada. Que está tudo as mil maravilhas. E que o dinheiro usado para pagar safadões, talvez com ares de safadeza, não fará falta à educação.

Usou a sua rede de comunicação oficiosa para garantir que R$ 1 milhão a ser usado para custear apenas duas apresentações no (importante e necessário) Mossoró Cidade Junina, representa apenas 0,5% do orçamento da educação.

Essa nova estratégia, no entanto, traz um problema para a gestão. É que se a educação tem orçamento polpudo. Dinheiro farto e garantido, não se justifica que se ofereça tão pouco para os auxiliares de sala. Se remunere tão miseravelmente quem contribui com trabalho tão importante. O cachê de R$ 1 milhão para apenas dois artistas custearia 400 auxiliares de sala por cerca 4 meses. Com tanto dinheiro, na educação e na cultura, seria um gesto louvável melhorar as condições financeiras para os auxiliares de sala.

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