Desde os primeiros meses da gestão Allyson Bezerra (Solidariedade) que a relação dele com grande parte dos vereadores não é das melhores. O prefeito saiu de uma confortável situação de ter quase 20 parlamentares dando sustentação ao seu governo até a obrigação de ter que afagar antigos desafetos.

Ante uma iminente derrota numa possível votação da lei para garantir o reajuste do piso docente, Allyson precisou engolir a seco declarações fortes feitas por Didi de Arnor (Republicanos) e Zé Peixeiro (PP) e negociar para tê-los na bancada governista. A costura deu certo, embora não se saiba até quando os então “rebeldes” seguirão aceitando a postura mandona de Allyson.

As idas e vindas da relação entre prefeito e vereadores, infelizmente, não afetam apenas o gestor e os parlamentares. As mudanças de humores de Allyson sempre trazem consequências mais pesadas para os mais fracos. É o que está acontecendo agora, por exemplo.

No mais recente imbróglio político entre Legislativo e Executivo, seis vereadores que ocupavam a bancada governista foram “empurrados” pelo líder do governo, Genilson Alves (PROS). Descartados por Allyson, estão na oposição. Coincidentemente, trabalhadores que atuam nas empresas terceirizadas da prefeitura e indicados por vereadores que compunham o governismo estão recebendo comunicado de dispensa dos empregadores.

“Na briga de gigantes”, a corda tem torado do lado mais fraco. Os rescaldos são sempre sobre quem sobrevive de um mísero salário mínimo. Na disputa de egos e de busca por poder, não há quem pense na barriga de quem depende apenas de sua força de trabalho para levar para casa o sustento da família.

 

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