As donas de casa Francimar e Francineide ficaram surpresas essa semana ao receber a visita da agente comunitário de saúde informando a data em que farão suas mamografias. Os exames, no entanto, foram solicitados por elas há mais de 3 anos. Os nomes das personagens são fictícios, mas a história e verdade e mostra o caos que vive a saúde de Mossoró.
A liberação dos exames de duas vizinhas apontam para o desespero da gestão de tentar diminuir a fila num ano de eleição depois de descaso durante três anos.
O desabamento de parte do teto da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Bairro Belo Horizonte é apenas um exemplo de como a prestação de saúde pela gestão Allyson Bezerra (União Brasil) é pura enganação, apesar dos gastos milionários no setor e de os recursos do Fundo Municipal de Saúde aumentar a cada ano.
A criminosa recusa da gestão municipal de colocar um tomógrafo a serviço da população é outro caso que contribui para o caos na saúde, assim como a interminável reforma do Posto de Atendimento Médico (PAM) do Bom Jardim.
O caso das donas de casa citado nessa matéria é somente um entre muitos casos da longa fila de espera por procedimentos que os mossoroenses enfrentam,
Gilberto Pedro, servidor da prefeitura de Mossoró, e que já foi membro do Conselho Municipal de Saúde (CMS), 35 mil pessoas esperam por algum procedimento nas Unidades Básicas de Saúde (UBS).
Entre os muitos pacientes que estão nessa fila, estão casos graves de pessoas que aguardam por uma endoscopia digestiva. Numa cidade como Mossoró, com mais de 270 mil habitantes, são realizadas apenas 5 endoscopias por mês.
Procedimentos como endoscopias e colonoscopias eram realizados na Comunidade de Saúde de Mossoró. Há mais de 18 anos que a comunidade era o prestador desse serviço à prefeitura de Mossoró, até 2020.
A gestão Allyson Bezerra suspendeu o contrato. Em agosto do ano passado, o município abriu chamamento público para selecionar prestadores. A comunidade de saúde se habilitou no processo e ainda está aguardando a prefeitura liberar o contrato para assinatura.
Antes, a Comunidade de Saúde realizava cerca de 200 endoscopias e colonoscopias por mês.
Enquanto, o prefeito Allyson Bezerra se recusa a assinar o contrato com a Comunidade de Saúde, a fila de pacientes esperando por um exame desses – para muitos casos, essencial para salvar vidas – segue aumentando.
O Boca da Noite questionou a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) ontem (27/3) pela manhã sobre essas denúncias. O assessor de comunicação da pasta ficou de dar retorno, mas até agora os questionamentos não foram respondidos.

1 comentário
Excelentíssimo presidente da República cortem os proventos da saúde de Mossoró,pois os exanes de rotina p as mulheres não estão sendo feitos. Um absurdo!