Surreal, pouco crivel e muito atrasada. Assim pode ser considerada a tentativa do ex-governador Robinson Faria (PP) de justificar o massacre a que submeteu os servidores públicos estaduais ao deixá-los sem receber quatro folhas salariais.
Além de não ter pago 4 folhas e de ter feito pagamentos sempre em atraso, Robinson tripudiava do sofrimento dos trabalhadores. Fazia chacota com a fome que muita dessas pessoass passavam. E ignorava os apelos do funcionalismo.
Agora, quase 4 anos depois, Robinson tentar culpar os outros por sua maldade, incompetência e insensibilidade.
Em périplo por Mossoró buscando viabilizar seu projeto de se eleger deputado federal, Robinson culpou todo mundo. Disse que foi boicotado. Lamentou que ficou sozinho. Só não admitiu que foi um desastre como gestor. Que foi algo dos servidores. Que foi um tormento para o Rio Grande do Norte.
Até para justificar o atraso que foi sua gestão, Robinson chegou atrasado. O lapso temporal, se sabe, é sua aposta num suposto lapso de memória do eleitor.

A justificativa de Robinson não é apenas atrasada, é leviana. Nela ele relata suposto conchavo para prejudicá-lo. Diz que todos os deputados do RN agiram para que ele sangrasse. Há duas impossibilidades nesse arranjo: a união dos parlamentares federais potiguares e o fato de nem todo ser sangrar.
A verdade, e o Rio Grande do Norte sabe disso, é que havia um aparente regozijo de Robinson, Fábio Dantas (seu então vice) e grande parte de membros do seu governo com o sofrimento dos servidores.
Robinson se alegrava com o caos que criou. Agora, quer se aproveitar. Pensa que a maldade causa esquecimento. Que spray de pimenta na cara do trabalhador apaga passado. Que ser ruim o credencia a qualquer outro mandato.

 

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