Gestão Allyson faz mais uma tentativa para dar ares de legalidade ao aditivo do Memorial da Resistência

por Ugmar Nogueira
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A gestão Allyson Bezerra (Solidariedade) segue adotando providências para dar ares de normalidade e legalidade ao aditivo feito ao contrato de reforma do Memorial da Resistência. O aumento no valor do contrato foi feito após a obra ter sido concluída.

Na última terça-feira, 5/7, a Secretaria Municipal da Infraestrutura, Meio Ambiente, Urbanismo e Serviços Urbanos publicou, no Jornal Oficial do Município (JOM) extrato de aditivo prorrogando por mais 90 dias o prazo de vigência do contrato com a JZR Construções, empresa responsável pela reforma do Memorial da Resistência.

Depois que se descobriu que o aditivo ao contrato oi feito após a conclusão do serviço de reforma, a gestão Allyson Bezerra tem lutado de todas as formas para que o aditivo seja visto como algo normal e legal pela população. O que o governo municipal ainda não fez, de fato, é explicar porque uma obra já concluída teve o contrato aditivado.

Desde que o assunto veio à tona, a gestão tem dado vários passos na tentativa de convencer a opinião pública de que o aditivo foi feito legalmente. O prefeito Allyson Bezerra, por exemplo, fez a equipe de comunicação publicar material nos canais de divulgação da prefeitura de que os equipamentos que compõem o Corredor Cultural, entre eles o Memorial da Resistência, voltaram a receber serviços de reforma.

A gestão também tem feito publicações no JOM sobre o assunto. Todas com datas posteriores à inauguração do Memorial, feita pelo próprio prefeito Allyson Bezerra. O equipamento foi inaugurado por Allyson no dia 2 de junho. O aditivo é de 1º de junho, com publicação no JOM em 7 de junho. Agora, a gestão publicou um extrato de aditivo prorrogando os serviços para até o dia 30 de setembro. O extrato, com data de 23 de junho, somente saiu no JOM em 5 de julho.

No dia 6 de julho, o prefeito mandou os secretários Kadson Eduardo (Administração) e Rodrigo Lima (Infraestrutura) à Câmara Municipal para causar tumulto na sessão. A estratégia deu certo: com a condução titubeante do presidente do Legislativo, vereador Lawrence Amorim (Solidariedade), a sessão foi um caos. Ao final, o município divulgou a versão de que os secretários teriam esclarecido os fatos. Não o fizeram.

A ida de Kadson e Rodrigo ao plenário do Legislativo foi a cortina de fumaça criada pela gestão Allyson Bezerra para tentar justificar a ausência de Rodrigo Lima à reunião da Comissão de Planejamento, Uso e Ocupação do Solo, para explicar o aditivo. O encontro aconteceu na quinta-feira, 7/7 e, Rodrigo, como era de se esperar, não compareceu. A citada comissão levará o caso ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas do Estado.

A única certeza que se tem até agora sobre o episódio é que ele está cheio de mistérios e, principalmente, que o governismo municipal não demonstra interesse em esclarecê-los. 

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